Notícias da Rede: Reflexões sobre Eventos e Parcerias do Final de 2025

Pontos focais regionais da Global Fellows Network (GFN) relatam as conexões e percepções que as e os fellows experimentaram em eventos recentes, de Praga ao México, e por meio de colaborações individuais entre si.

Fellows do Sul da África participam da 27ª Conferência Global da ILA em Praga

Cinco fellows da GFN do sul da África participaram da 27ª Conferência Global da International Leadership Association (ILA) em Praga, República Tcheca, de 15 à 18 de outubro de 2025. A conferência da ILA proporcionou aos fellows uma oportunidade incomparável de se envolver com líderes globais, trocar ideias, compartilhar conhecimento e promover o crescimento da liderança — fortalecendo sua capacidade de promover mudanças positivas em suas comunidades.

As e os participantes foram Faith Chawinga (Malawi), Bongiwe Mayiwase Dlamini (Eswatini), Crispen Mawadza (Zimbábue), Brilliant Mhlanga (EAU/Zimbábue) e o Ponto Focal Regional da GFN Tembinkosi Semwayo (África do Sul). Este marcou o segundo ano da participação da GFN na Conferência Global da ILA.

A conferência contou com plenárias, workshops e discussões sobre:

  • Coaching Global para Mulheres Líderes: Navegando pelas complexidades culturais e empoderando o sucesso
  • Sabedoria Humana na Era da Inteligência Artificial: Aproveitando a IA de forma ética para aumentar a produtividade
  • Unindo Liderança para Impacto Sustentável
  • Inovação Liberada: Criatividade, complexidade e resolução colaborativa de problemas

As sessões também focaram na polarização política global e no aumento do autoritarismo. As e os Fellows exploraram a importância de reconhecer a humanidade compartilhada, engajar-se abertamente entre as diferenças e focar nas necessidades humanas universais. Elas e eles aprenderam que criar espaços para perspectivas diversas e priorizar relacionamentos em vez do diálogo são essenciais para unir divisões e fomentar a compreensão.

A conferência deu aos fellows do Sul da África uma plataforma para aprofundar suas habilidades de liderança e expandir suas redes globais.

Chawinga refletiu: “Líderes não são heróis solitários, mas facilitadores de propósito coletivo — preparados para navegar pela complexidade, construir confiança além de fronteiras, agir eticamente e renovar continuamente seu pensamento e práticas em um mundo em transformação.”

Mawadza se identificou com a sessão sobre a transição da “Garra para o
Crescimento”, aprendendo a enfrentar retrocessos com resiliência e preparação para múltiplas crises. Mayiwase Dlamini se inspirou em sessões sobre liderança na primeira
infância e das mulheres, enfatizando que a conscientização cultural e a mudança sistêmica são fundamentais para fomentar comunidades prósperas em Eswatini.

A conferência de Praga deu aos fellows do Sul da África a oportunidade de fortalecer suas habilidades de colaboração, enfrentando desafios complexos e liderando com visão, consciência cultural e tomada de decisões éticas — capacitando-os para trazer essas lições de volta às suas comunidades e promover mudanças significativas para crianças, famílias e comunidades em toda a região.

Fellows Latino-Americanos e Caribenhos Enfrentam o Racismo e Reimaginam a Liderança

As e os Fellows Globais no México participaram recentemente de uma experiência transformadora de aprendizagem que explora as interseções entre racismo, liderança e cura. O workshop, “Os Efeitos do Racismo na Liderança”, foi coorganizado pela equipe da GFN e pelo Colectivo para Eliminar el Racismo (COPERA), uma organização dedicada a examinar o racismo tanto como sistema estrutural quanto como realidade emocional.

Ao longo de três sessões — duas virtuais e uma presencial na Cidade do México — 16 fellows de todo o país participaram de um processo que combinou introspecção, diálogo e aprendizado coletivo. Utilizando a metodologia de Cura Racial Coletiva da COPERA, as e os participantes exploraram como o racismo, o privilégio e a identidade moldam práticas de liderança, influenciam culturas organizacionais e afetam o bem-estar emocional dos líderes comunitários.

A GFN facilitou o acesso a essa abordagem única, ao mesmo tempo em que proporcionou um ambiente seguro e de apoio que refletia os valores da rede de equidade racial, cura, empatia e cuidado coletivo. O workshop foi projetado não apenas como um treinamento, mas como uma experiência imersiva, convidando as e os participantes a ouvir profundamente, se envolver em auto-análise, compartilhar histórias pessoais e praticar a liderança a partir da vulnerabilidade e da consciência.

As sessões enfatizaram a escuta ativa, autorreflexão e apoio mútuo. As e os fellows colaboraram em duplas e pequenos grupos, examinando como o racismo opera em suas comunidades e como a cura pode ser tanto um ato pessoal quanto estratégico de liderança. Muitos participantes observaram que a experiência os levou a reexaminar
suposições antigas e reconhecer como empatia e diálogo podem fortalecer o tecido social de seu trabalho.

O workshop foi um convite para que as e os fellows repensassem a liderança — não sob uma ótica de autoridade, mas a partir da autenticidade e de um propósito coletivo. Uma participante refletiu: “Essa experiência me fez refletir profundamente sobre minha trajetória pessoal e profissional. Isso despertou emoções, mas também me deu ferramentas para mudar meu ambiente.”

As e os participantes saíram com um propósito renovado e reflexões práticas para aplicar em suas organizações. O workshop reafirmou que a liderança antirracista começa reconhecendo como os sistemas de opressão se manifestam em nós mesmos, em nossas comunidades e em nosso trabalho — e cultivando a coragem para transformá-los coletivamente.

Por meio dessa colaboração com a COPERA, a GFN continua a formar líderes que veem a justiça e a cura não como objetivos separados, mas como caminhos entrelaçados rumo a mudanças sociais duradouras.

As e os Fellows dos EUA se apoiam mutuamente por meio da solidariedade, colaboração e comunidade

Por todo os Estados Unidos, integrantes da GFN continuam demonstrando como é a liderança enraizada na comunidade na prática. Além de suas conquistas individuais, as e os fellows estão se apoiando de maneiras que fortalecem seu impacto coletivo — desde organizar e mobilizar em momentos de crise até se reunir para reuniões de turma que reacendem laços e inspiram novas colaborações. Suas ações refletem um compromisso compartilhado com a justiça, a cura e a mudança transformadora.

Em Michigan, as e os fellows continuamente modelam apoio mútuo em ação. Um exemplo recente é Yilin Wendland (CLN-3), de Grand Rapids, que organizou o Baile Asiático de 2025 da Associação Asiático-Americana do Oeste de Michigan. O evento destacou a liderança juvenil em todo o estado e contou com uma palestra principal de Cuong Huynh (CLN-1), que lembrou aos participantes da humanidade compartilhada que sustenta nosso trabalho. A sala estava cheia de fellows e colegas da Fundação WKKF Kelloggs que trouxeram visibilidade, incentivo e celebração. Esses momentos — às vezes pequenos, às vezes transformadores — demonstram a força da rede de Michigan e o profundo compromisso que as e os fellows têm com o bem-estar e sucesso uns dos outros.

Cerca de 12 integrantes da 16ª Turma do KNLP se reuniram em Chicago para um fim de semana de reflexão, aprendizado e conexão renovada. Diálogos em pequenos e grandes grupos incentivaram as e os fellows a explorar o que suas comunidades precisam, onde suas próprias forças se alinham e como podem continuar a se apoiar. A reunião também incluiu momentos de inspiração e reconexão, desde refeições compartilhadas até um tour pelo Centro e Museu Presidencial Obama, deixando os integrantes energizados e reengajados com o impacto coletivo.

Por todo o país, fellows têm se empenhado para apoiar uns aos outros. Seja ajudando um fellow a lançar uma nova iniciativa comunitária, mobilizando recursos em resposta a dificuldades ou apoiando projetos alinhados com equidade e cura, as e os fellows dos EUA mostram consistentemente que a comunidade é seu maior patrimônio.

Alguns estão fazendo parcerias entre estados e disciplinas para criar e co-liderar círculos de cura, programas de liderança juvenil, projetos comunitários de alimentos e eventos de contação de histórias culturais. Esse tipo de polinização cruzada — onde praticantes, organizadores (as), educadores (as), artistas e defensores (as) se reúnem — reflete o espírito original da rede: que a liderança coletiva nos leva mais longe do que qualquer indivíduo consegue.

Reuniões recentes de turma mostraram que, mesmo anos após a experiência do
programa de liderança, os relacionamentos entre as e os fellows continuam fortes e produtivos. Esses encontros fizeram mais do que reconectar velhos amigas e amigos — tornaram-se espaços de cura, celebração e recompromisso.

Juntos, esses exemplos incorporam uma rede enraizada na solidariedade. Ao se apoiarem uns nos outros, organizando-se em parceria e investindo na reconexão, as e os fellows dos EUA estão avançando na cura, equidade e resiliência comunitária — e modelando um futuro fundamentado no cuidado coletivo, propósito compartilhado e impacto duradouro.